Arredores do Cairo

Chegando ao Cairo, além de conhecer a cidade é preciso sair por seus arredores para ver algumas atrações turísticas. Sakkara é um exemplo, uma área rural que se extende pela margem esquerda do Nilo.

É lá que pode-se visitar o complexo funerário de Djoser, faraó da III dinastia (2.770 AC). E o que tem o lugar de tão especial?

Simplesmente a pirâmides escalonada, chamada assim por ter o formato de degraus. Ela foi a a primeira a ser construída no Egito. Imhotep (não, não é o vilão do filme A Múmia!) foi o arquiteto que desenhou o impressionante monumento para a "vida eterna" do faraó.

Na região também é possível fazer uma visita a uma das inúmeras escolas técnicas de tecelagem. Os adolescentes, na grande maioria filhos de agricultores, aprendem o ofício e recebem os turistas. A produção é toda manual e um único tapete de algodão ou seda pode demorar meses para ficar pronto. Eu estive na Mena Carpet School. A produção dos alunos é vendida nas lojas ao lado das escolas. É de fato uma arte, mas ao mesmo tempo um trabalho duro para gente tão jovem...


Outra opção de visita nos arredores do Cairo é Menphis, também na margem esqueda do Nilo. Ela foi a primeira capital do antigo Egito e possui um museu com o colosso de Ramsés II. Trata-se de uma estátua de 13 metros de altura que ficava no tempo de Ptah, onde eram coroados os faraós.

Os egípcios daquela época conjugavam os verbos no superlativo, tudo era enorme, de tirar o fôlego!

 Mas fôlego mesmo você perde quando visita Gizé, a cerca de 15 min do Cairo, onde estão os complexos funerários de Queóps, Quefrén e Miquerinos.

Ver a famosa esfinge do rei Quéfren, e as pirâmides, as únicas maravilhas do mundo antigo que chegaram aos nossos dias, não tem preço. Só a pirâmide de Quéops (a maior) foi construída com 2,3 milhões de blocos de três toneladas cada um.

E existe um museu bem próximo, onde foi montado o barco do faraó Queops. Ele estava enterrado ao pé de uma das pirâmides. Está intacto e tem mais de 5 mil anos. Uma curiosidade: os pilotos de aviões evitam sobrevoar as pirâmides, pois o topo delas desorienta bússulas e instrumentos de navegação!

E atenção para algumas dicas:
  • No verão, visitar esses lugares requer sempre ter uma garrafa de água à mão, protetor solar na pele e boné. No inverno um casaco na bolsa.
  • Tenha paciência, porque há dezenas de ambulantes em todos os sítios históricos. Se não estiver interessado não puxe conversa, do contrário vai ficar horas negociando o preço.
  • Não suba nos camelos que ficam próximos às pirâmides, sem combinar antes o preço. Depois não vá reclamar da quantia pedida pelos donos para você descer do bicho.
  • A pirâmide de Miquerinos é aberta à visitação. Não há nada demais lá dentro, mas já que chegou até aqui vá em frente e entre. Pelo menos vai poder contar a seus filhos e netos que esteve dentro de uma das sete maravilhas do mundo antigo!
E lembre-se do ditado egípcio: o tempo resiste a tudo... e as pirâmides resistem ao tempo...
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