Giverny no outono

Aproveitei que a Air France agora permite paradas em escalas sem cobrar mais nada por isso e passei dois dias em Paris, na volta da Turquia. Um dos lugares na França que sempre tive vontade de conhecer era Giverny, onde Monet se inspirou para criar seus famosos quadros.

E lá fui eu, em pleno outono, visitar o local. Da estrada já dava para ter uma ideia do que iria ver.

O sol nessa época do ano cria uma luminosidade especial, pintando verdadeiros quadros ao longo da rodovia. Em cerca de uma hora de viagem lá estava eu, dentro de um quadro de Monet!

A vila está a cerca de 80 km de Paris, mais especificamente na Normandia. Não tem nem 500 habitantes e fica praticamente vazia de novembro a abril, quando o tempo é rigoroso e os turistas desaparecem da região. Os restaurantes fecham e só ficam os aposentados que moram por lá.

A estrada é bem sinalizada e pode-se perfeitamente alugar um carro. Há ainda as opções do trem e dos tours das empresas especializadas, partindo de Paris.


A primeira parada, claro, foi a Casa e os Jardins de Claude Monet. A casa está muito bem conservada e contém objetos e mobiliário do pintor.

Tudo simples, mas de muito bom gosto. Fotografias lá dentro estão proibidas, mas na loja do museu é possível comprar postais, livros e DVDs com as imagens.

Em seguida parti para a visita aos jardins. E, para meu espanto, apesar da folhagem seca ainda havia flores no local, cores e belíssimas paisagens.

Definitivamente é o local perfeito para inspiração de um artista. Monet trabalhou pessoalmente construindo os jardins, escolhendo as plantas, retirando outras...

... e conseguiu montar um quadro em três dimensões!



O local tem cerca de uma dezena de ateliês e galerias de arte, mantendo vivo o movimento impressionista na cidade. Outro ponto interessante de visita é o Museu do Impressionismo, localizado a dois minutos de caminhada da Casa de Monet. Os jardins, bem menores, também foram cuidadosamente planejados e a instituição criada por uma fundação dos EUA.

Monet está enterrado ali perto, em uma pequena igreja centenária, mas, sinceramente, é melhor ficar apreciando os jardins que ele deixou para a posteridade!
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