Atrás do peixe-boi

A primeira vez em que vi um peixe-boi na vida foi em Tamandaré, no litoral Sul de Pernambuco em um Centro de Tratamento de Mamíferos Aquáticos do IBAMA. Lembro-me de como fiquei impressionada ao ver um bicho tão feinho, mas tão fofinho. Sim, os diminutivos são empregados sempre que alguém os vê. Vá lá entender o porquê!

Em Tamandaré você pode ver o peixe-boi, mas em aquários. Para observá-los no habitat natural uma boa dica é fazer o passeio no rio Tatuamunha, em Porto de Pedras, no litoral Norte de Alagoas. Lá, procure a Associação de Condutores de Turismo e Observação do Peixe-Boi Marinho. Qualquer pousada em que você se hospedar vai ter o telefone de um associado para fazer o passeio.

Eu fiz com o Reginaldo (82-9996-1503 / 9114-5331), que passa várias informações como tipo de alimentação, peso e forma de reprodução. Todos os condutores da Associação passaram por treinamento e provas para que pudessem ganhar o direito de trabalhar como guia.

Por R$ 30,00 por pessoa (março/2011) você faz o passeio que começa na foz do rio Tatuamunha. O encontro do mar com o rio é um cenário de rara beleza.

Os manguezais estão preservados e crescem rápido depois de algumas intervenções dos órgãos ambientais e do Ministério Público na região.

Há um número limitado de pessoas que pode entrar no rio a cada dia, tudo para não estressar os animais (nove ao todo) e evitar o turismo predatório.

A jangada vence as águas com motor ligado e após determinado trecho ele é trocado por remos para não causar acidentes.

Em poucos minutos e em silêncio já é possível avistar um ou dois peixes. Da última vez em que fiz o passeio Aroni, como um deles é chamado, se aproximou da jangada.

Na verdade, ele confunde o fundo da embarcação com um peixe fêmea e fica tentando "acasalar".


Não se pode tocar ou dar qualquer tipo de alimento aos animais. Apenas fotos e filmagens são permitidas. E Aroni não desapontou, fazendo inúmeras poses! Dá uma olhada no close...

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