Eram os Deuses astronautas?

Já falei neste Blog sobre o livro Eram os Deuses Astronautas?, escrito por Erich Von Daniken e considerado o clássico dos clássicos no segmento "mistérios do mundo". Após ler esta obra, quando ainda era adolescente, decidi que um dia ainda iria conhecer a Ilha da Páscoa.

Bem, muitos anos depois consegui visitar o lugar chamado pelos polinésios de Te Pito o Te Henua (traduzindo: umbigo do mundo), e considerado por eles o centro espiritual de toda a Polinésia.

Confesso que só fiquei com mais pulgas atrás da orelha. Afinal, como você acha que os moais, aquelas gigantescas estátuas de pedra, foram transportados de uma ponta a outra da ilha...

Te Pito definitivamente fica no meio do "nada", pois cinco horas de voo a separam do continente Sul Americano. Parti de Santiago, no Chile, e fiquei quatro dias por lá. Esse tempo é suficiente para conhecer os principais pontos turísticos com calma.

Orongo

A Ilha da Páscoa tem um formato triangular e a região de Orongo está em um dos vértices. É lá que está o vulcão Rano Kau com 1km de diâmetro e mais de 280m de profundidade.

Ele não é mais ativo, e as águas represadas em sua cratera são utilizadas pelos moradores.

A vista lá de cima é estonteante e o acesso muito fácil e feito por carro. Ao redor do Rano já foram identificados mais de 550 sítios arqueológicos. é possível ver, por exemplo, petroglifos (desenhos esculpidos na pedra).

O Tangata Manu ou "homem pássaro" é encontrado em vários lugares.

Em Orongo outro ponto turístico interessante são as casas de pedra. Elas serviam de abrigo para os moradores da ilha na época das competições entre os clãs, no século XVII.

Eram uma espécie de Jogos Olímpicos dos Rapa Nuis, como os antigos habitantes se auto denominavam.

O leitor que quiser saber mais sobre esse antigo costume, pode pegar na locadora o filme Rapa Nui (1994), ou acessar outro post deste Blog com a história da Ilha.

Próximo a Orongo há também uma caverna bem escondida e de difícil acesso chamada Ana kai Tagata. Nas paredes internas é possível observar dezenas de desenhos de pássaros feitos há mais de mil anos.

E completando o passeio não deixe de visitar Ahu Vinapu. São plataformas de pedra onde os moais eram colocados. As pedras foram encaixadas milimetricamente, o que nos faz lembrar das construções de Machu Pichu, no Perú. Aí eu me pergunto: eram dos Deuses Astronautas?

Rano Raraku e Tongariki
Essa região está próxima de outro vértice do triângulo, e é conhecida como o "berçário" dos moais. Os gigantes de pedra eram esculpidos nas rochas do vulcão Rano Raraku e depois transportandos para as áreas próximas da costa.

O visitante pode ver ainda centenas de moais inacabados, alguns com mais de 20 metros de altura.

Ao descer a encosta do vulcão, chega-se a Ahu Tongariki, a maior plataforma construída na Ilha da Páscoa. São 200 metros sobre os quais foram colocados 15 moais, sendo que o maior possui 9m de altura. Em 1960 um tsunami destruiu o local, e a Unesco está restaurando o Ahu.

Para este passeio assim como todos os outros é sempre bom levar na mochila água, protetor solar, barras de cereal e capa de chuva. O clima é instável e a caminhada para subida exige um certo preparo físico.

Haga Ho´onu

Esta região é importante, porque nela se encontra o Ahu te Pito Kura. Ele é o maior moai da Ilha (11 metros de altura e 80 toneladas), mas está tombado no chão, o que é um pouco decepcionante para o turista.

No entanto, ao saber que parte do moai foi transportada de uma distância de 25km a pergunta volta à cabeça: eram os Deuses astronautas?

Ao lado deste Ahu está Te Pito Te Henua, uma pedra magnética. Ao colocar uma bússula próximo, o instrumento fica desorientado.

E lá fui eu pegar um pouco dessa energia telúrica! Como diria Baby Consuelo em sua fase pré-evangélica: RÁ!

Litoral Sul

Nessa região, dizem estar enterrado do rei Hotu Matu´a, o colonizador da Ilha. Muitos arqueólogos trabalham no local tentando desvendar os mistérios dessas construções.

E há também muitas fundações de casas que tinham o formato de barcos.

Roiho

Essa é uma área repleta de atrações. A primeira é Puna Pau, área montanhosa onde eram esculpidos os pukaos, ou chapéus dos moais. Eram confeccionados a partir de rochas avermelhadas e em média pesam 11 toneladas cada um. Os arqueólogos já encontraram quase 80 pukaos na Ilha.

De lá, o melhor é partir para ver o Ahu Akivi, o único conjunto de moais que olha para o mar.

Segundo os estudiosos, eles representam os sete exploradores enviados pelo rei polinésio Hotu Matu´a ao mar para encontrar e colonizar novas terras.

Em uma dessas viagens, eles chegaram na Ilha da Páscoa. Os descendentes desses exploradores estão enterrados atrás das estátuas. Isso não te lembra a história dos descobridores lusitanos?

Em seguida a visita nos leva para conhecer Ana te Pahu, uma das centenas de cavernas formadas por túneis de lava, e que foram transformadas em cemitérios pelos moradores da Ilha.

Poike

Outro vértice do triângulo, onde se encontra Heva, uma fonte de água em forma de máscara humana (já muito erodida pelo vento e chuva), com cerca de 2m de altura. Ela representa o deus Make Make de boca aberta!

Anakena

Onde está localizada a maior praia da Ilha, mas não vá esperando locais paradisíacos para um banho de mar, pois as ondas são fortes e as correntes puxam muito. Dizem que o desembarque do rei Hotu

Bem próximo ao mar está o Ahu Nau Nau, um dos monumentos mais bem conservados por ter ficado vários anos soterrado na areia da praia. Esses moais são de um estilo diferente, mais trabalhados e com os pukaos quase intactos.

Além de Anakena há outra praia na região, a Ovahe com areia de coloração rosada.

Hanga Roa

Nesta região fica o antigo porto e o Ahu ko te Riku, o mais completo da ilha porque o moai ainda tem olhos feitos de coral branco. No local há também o principal povoado da Ilha da Páscoa, onde estão as pousadas, restaurantes, lojinhas e a Praia Pea, muito frequentada pelos atuais moradores. 

Existe até um restaurante chamado Kopakavana. A dona viu o nome em um livro sobre o Brasil, gostou e batizou o estabelecimento com o nome da famosa praia brasileira. No entanto, a comida na ilha não é das melhores. Tudo é muito caro, pois é importado do continente.

Quer mais uma dica? Leve o livro do Erich para ler durante a viagem e não deixe de conversar com os moradores, pois as histórias que eles contam sobre seus antepassados é muito mais interessante que todas as informações oficiais dos arqueólogos. Afinal, a magia da ilha faz você acreditar que os Deuses realmente eram astronautas! ;-)
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1 Response
  1. Johny Pablo Says:

    Eu acredito que Os Deuses eram Astronautas!! Os verdadeiros Deuses e ainda farei a viagem para todos os locais citados por Erich Von Daniken!


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