Um pedacinho do Porto a pé

Na minha opinião, para conhecer uma cidade você precisa caminhar por suas ruas. Um passeio de carro, ônibus ou bonde não irá lhe dar a dimensão completa da vida pulsante de um local. É preciso parar, observar os moradores, a paisagem, conversar com as pessoas, enfim, sentir o lugar.

E o Porto, em Portugal, convida seus visitantes a fazer longas caminhadas. Devido a sua geografia, por vezes, isso se torna difícil já que nem todos estão em boa forma para subir suas ladeiras íngremes ou as escadarias que dão acesso às ruas e avenidas.

Dessa forma, a minha dica para a cidade é a seguinte: comprar o passe de dois dias do ônibus turístico para visitar os locais mais distantes de onde você está hospedado, e reservar dois dias para uma bela caminhada. Para quem tiver interesse em um pequeno passo a passo, segue um pedacinho do Porto para conhecer a pé, passando pelas áreas da Baixa, Clérigos e Palácio. 

Saindo por volta das 9h vá para a Rua de Santa Catarina e desça em direção à Praça da Batalha. Esta rua é lotada de lojas, restaurantes, cafés, livrarias e é fechada aos carros. Aproveite e visite o Café Majestic, já citado em outro post deste blog.

No final da rua está a Praça da Batalha. Ali veja a Igreja de Santo Idelfonso de 1724 e o Teatro São João.

Em seguida, desça a rua 31 de janeiro até a Estação de São Bento, cujos painéis em azulejos portugueses são espetaculares.

Vá em frente até chegar à Av. dos Aliados e à Praça da Liberdade, uma enorme esplanda com a estátua de D. Pedro I (IV para os portugueses).

Continue reto pegando agora a rua dos Clérigos. É uma subida, por isso vá devagar até chegar na igreja com a famosa torre.

Você pode visitar a construção do século XVIII e por 2 Euros (junho/12) subir (e descer é claro) os 240 degraus para chegar ao topo. O esforço vale a pena, pois a vista 360 graus da cidade é impressionante:










Saindo da Igreja dos Clérigos, pegue a rua das Carmelitas. Lá está a livraria Lello, fundada em 1881, com sua decoração em Art Noveau. A rua termina na Praça Gomes Teixeira, mais conhecida como a dos Leões por causa do chafariz em frente à Universidade do Porto. O local aos domingos transforma-se em uma imensa feira de aves domésticas. Eu como tenho pena dos passarinhos nem parei para ver.









Da praça você já avista as Igrejas do Carmo e das Carmelitas. A primeira possui uma linda fachada lateral em azulejos. O final da rua do Carmo é no Hospital de Santo Antônio, que muita gente confunde com um museu devido à fachada imponente. Dê a volta no quarteirão do hospital e pegue a rua Alberto Aires de Gouveia, girando na primeira à esquerda. 
Ali está o Museu Nacional de Soares dos Reis, o museu público mais antigo de Portugal, criado em 1833 por D. Pedro I, após sua partida do Brasil. O próprio D. Pedro morou no local, que hoje abriga exposições de pinturas, esculturas e ourivesaria. E aos domingos a entrada é gratuita!

Caso ainda tenha tempo e fôlego, vá até os Jardins do Palácio de Cristal e visite o Museu Romântico. E uma última sugestão.

E se o tempo e o bolso permitirem você pode encerrar o passeio pelo ar. Pertinho do museu, já na beira do Douro saem passeios de helicóptero. Os sobrevôos custam a partir de 45 Euros (jun/12), mas esse eu não posso atestar a qualidade, pois a minha fobia me impede e subir às alturas ;-)

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