Cachoeiras + Cachaças + História

É possível reunir em um único passeio aventura, história e gastronomia? Quem visita Paraty vai dizer que sim. Testei o Jeep Tour oferecido por várias agências na cidade aos turistas e aprovei com louvor.

Contratei o passeio pela internet após pesquisar os sites de algumas empresas de turismo. Optei pela Paraty Tours em função do atendimento: respostas precisas e rápidas por e-mail, além de facilidade de pagamento.

O Jeep sai do Centro Histórico e vai em direção à Serra da Bocaina na Estrada Paraty- Cunha. Ao todo cabem 8 pessoas no veículo e o guia é trilíngue (havia franceses e ingleses no meu grupo).

A primeira parada foi em uma exposição de orquídeas, algo bem comum para nós brasileiros e extremamente apreciado pelos estrangeiros.

A delicadeza das flores impressiona. A imersão pelo "mundo verde" estava só começando.

Pegando um pequeno desvio, entramos na trilha que segue para a Cachoeira da Pedra Branca. Trata-se de um conjunto de quedas d´água que formam um lindo espetáculo da natureza.

Os guias são atenciosos e ajudam a subir nas pedras, dão dicas de onde pisar e demonstram muito cuidado para que ninguém sofra acidentes.

O ideal é usar sapatos com sola de borracha para evitar escorregões, ou ir descalço mesmo.

A água é gelada e há tempo suficiente para um bom mergulho refrescante nos dias de calor. Bem ao lado da cachoeira há uma casa, sede da uma antiga usina hidrelétrica da região.

Se tiver sorte dá para ver também os micos da região. Após um banho revigorante, o passeio segue para o Engenho Pedra Branca, localizado dentro da mesma propriedade privada.

Lá o turista recebe todas as informações sobre a fabricação da cachaça, desde a plantação da cana até o engarrafamento.

Paraty tem dezenas de alambiques de pequeno e médio portes. A bebida é uma das atrações da cidade que possui até um Festival da Cachaça.


Quem quiser pode degustar a bebida e os licores produzidos no engenho. Há uma lojinha, é claro, para quem quiser levar uma garrafa para casa ou presentear os amigos.

A próxima parada é para o almoço. Retomamos a trilha, saímos novamente na estrada para Cunha e o local escolhido pela agência foi o restaurante Villa Verde, já indicado em outro post deste blog. Após recobrar as forças com um descanso, seguimos para a segunda aventura do dia: a Cachoeira do Tobogã.

Para chegar lá pegamos uma trilha em frente à entrada do Engenho d´Ouro. Uma caminhada nos leva até uma imensa pedra lisa com água fluindo e levando até um poço.

Para os mais corajosos o escorrega natural é diversão garantida. Para os mais prudentes, o poço oferece uma ótima oportunidade de se refrescar.

Continuando pela trilha chegamos ao Poço do Tarzan, outro excelente ponto para banho.

Ao lado há um bar que serve almoço e petiscos. Uma ponte por onde só passam duas pessoas por vez dá acesso ao local. Em dias ensolarados a parada nesta cachoeira é de 1h.


A última parada do passeio é no Engenho d´Ouro, que fica bem em frente a um dos marcos da Estrada Real.

O caminho, construído pelos escravos no séc. XVII, ligava Ouro Preto e Diamantina, em Minas Gerais à Paraty.

Era usado para transportar o ouro explorado nas minas até os navios ancorados nas calmas águas da Baía de Paraty. A viagem durava cerca de 90 dias (ida e volta).

No Engenho o turista tem mais uma oportunidade de degustar as cachaças, licores e doces artesanais da região.

Você recebe mais informações sobre a fabricação da bebida e também pode tirar fotos entre os barris de envelhecimento, conhecer a antiga casa de farinha e comprar os produtos na loja. Os preços variam entre R$ 20,00 e R$ 40,00 (jul/14)

Após se aventurar nas trilhas e cachoeiras, degustar licores e cachaças e conhecer um pouco mais da história local você volta para a pousada com um gostinho de quero mais.

Então, no dia seguinte a sugestão é fazer o passeio de escuna para não perder o pique. Essa dica eu passo para os leitores no próximo post do blog!
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