Cinco dias em Sampa

São Paulo é sempre lembrada como a cidade para se viajar a trabalho, naquele bate e volta de ponte aérea. No entanto, para quem mora em cidades litorâneas, e tem praia o ano todo, a capital do estado é uma boa opção de destino para férias.

Testei e aprovei cinco dias em Sampa, e recomendo o passeio, repleto de descobertas culturais e gastronômicas. Este é o primeiro de cinco posts que sugerem um roteiro incompleto, porque a cidade oferece muito mais do que se pode ver em uma semana. :-)

Para hospedagem eu recomendo um hotel bem próximo à Av. Paulista e a uma das estações do metrô. Isso vai facilitar muito seu deslocamento pela cidade. Essa dica, foi do meu amigo Eduardo, que visita São Paulo há muitos anos. Eu fiquei no Paulista Wall Street Suites que oferece flats com cozinha. O café da manhã é excelente, e o atendimento muito bom. Quartos confortáveis, mas o melhor é a localização: uma quadra da Paulista, pertinho do Masp e do metrô.

Para chegar à cidade, prefira voos que desembarquem no aeroporto de Congonhas, mais próximo do Centro. Fique de olho nas promoções das companhias aéreas. Dependendo da época, você pode conseguir passagens por módicos R$ 39,00 (out/2014).

Sampa - Dia 1- Av. Paulista, Bairro da Luz e Jardins

Caminhe sem pressa pela Av. Paulista e observe os arranha-céus. Fundada em 1891 serviu de moradia para muitos barões do café nos anos 1930.

Vinte anos depois as mansões deram lugar aos primeiros prédios, e nos anos 1980 a avenida passou a ser o centro financeiro da cidade abrigando dezenas de escritórios de bancos e multinacionais.

Reserve um bom tempo para a visita ao Museu de Arte de São Paulo (MASP). Gratuito nas terças-feiras, o museu abriga obras de expoentes da pintura como Rembrandt, Velasquez e Renoir. O acervo não está totalmente exposto, o que é uma pena.

Há também galerias destinadas a exposições temporárias de arte contemporânea. Estranhei o fato de estar praticamente vazio com um acervo tão bom, mas isso torna o passeio mais interessante, pois você pode apreciar com mais calma as obras.

Na Paulista ainda há mais dois centros culturais, o do Itaú e o da Fiesp. Saindo do MASP, pegue o metrô e vá direto para o bairro da Luz. A primeira visita deve ser à Estação da Luz.

Inaugurada em 1901, a estação foi construída com material vindo da Inglaterra e ligava Jundiaí a Santos, com o objetivo de escoar a produção cafeeira.

O local impressiona pela conservação e seu imponente relógio lembra muito o Big Ben inglês.

O prédio da estação abriga o Museu da Língua Portuguesa, outro ponto turístico da cidade que vale a visita. Às terças-feiras a entrada é gratuita e idosos têm desconto.

Com exposições interativas e audio-visuais você aprende a origem das línguas faladas no mundo, do português, as influências de outras línguas, tudo de uma forma muito divertida.

Saindo de lá, atravesse a rua e passeie pelo Parque da Luz. O interessante dessa área verde são as obras de arte espalhadas pelo local.

Ele serve de ponto de parada para os trabalhadores que descansam após o almoço nos arredores. Vale para boas fotos, mas a conservação das áreas verdes e lagos poderia ser melhor.

Bem próximo dali, na Av. Tiradentes, está o Museu de Arte Sacra, localizado dentro do Mosteiro da Luz. O acervo é espetacular, só perdendo para as coleções em Minas Gerais.

O Mosteiro é também a principal obra colonial de São Paulo, do século XVIII e um dos poucos conjuntos arquitetônicos coloniais que mantém seu uso original, sendo declarado, pela UNESCO, “Patrimônio Cultural da Humanidade.”

Para os católicos, o local é ponto de peregrinação. No Mosteiro está enterrado Frei Galvão, que o fundou e conhecido pelas pílulas milagrosas que são distribuídas gratuitamente pelas freiras que vivem em clausura no mosteiro.

Após a visita é hora do almoço tardio. Pegue o metrô e volte para a Av. Paulista. A sugestão é a padaria, ou melhor a Casa de Pães Bella Paulista. Você vai se perder entre as dezenas de opções oferecidas no cardápio. Os balcões de doces e salgados são uma perdição.

Vá perder as calorias ganhas na Bella Paulista caminhando pelas ruas Oscar Freire, Bela Cintra e Haddock Lobo, conhecida como a região dos Jardins.

Mesmo que seu bolso não comporte os dígitos dos produtos vendidos pelas lojas de grife vale passear pelo local. As ruas são limpas, arborizadas e lembram um pouco alguns bairros de Paris por causa da arquitetura clássica dos edifícios.

Para finalizar o dia minha sugestão é o Bar Balcão localizado na região. Frequentado por profissionais do meio publicitário, o local é bem descolado, com decoração intimista e tem atendimento nota 10.

Prove a polenta com molho gongonzola (R$ 16,00 out/14), e o hamburguer recheado de queijo (R$ 26 out/14).

Para beber peça o pisco sour, bebida muito comum no Peru e Chile. Para os abstêmios, há deliciosos coquetéis de fruta sem álcool (R$ 19,00 out/14).

Lá você encerra seu primeiro dia em Sampa com chave de ouro!

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