Nas terras de Araribóia

Separada do Rio de Janeiro pela Baía de Guanabara, a cidade de Niterói possui ótimas opções de passeio para o turista. Por isso, este post traz as dicas de lugares que você pode visitar por lá.

Niterói, que em tupi quer dizer “rio verdadeiro frio”, teve sua origem na sesmaria de São Lorenço dos Índios, pertencente a Araribóia líder da tribo Tupi dos Termiminós e considerado o fundador da cidade. Ele foi um dos protagonistas da guerra de 1567, quando os Termiminós e portugueses expulsaram os franceses e os índios Tamoios do Rio de Janeiro.

Para chegar a Niterói você pode optar pela barca ou catamarã que parte da estação na Praça XIV, no Centro do Rio, ou atravessar de carro a Ponte Rio-Niterói. Minha dica é alugar um carro para aproveitar mais o tempo e conhecer os pontos mais distantes.

Lembre-se de levar trocado para o pedágio da Ponte e aproveite a vista que lá de cima é espetacular. No final da Ponte, siga sempre pela direita para que você chegue até a estação das barcas de Niterói. Lá está a estátua de Araribóia, com os olhos voltados para a Baía da Guanabara como se ainda protegesse suas terras.

Siga em frente e vá em direção ao Caminho Niemeyer, que na verdade é um conjunto de equipamentos culturais projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer ao longo de 11 km. Talvez o mais visitado seja o Museu de Arte Contemporânea (MAC).

Conhecido como “disco voador” em função de seu formato ele se destaca na paisagem. Funciona de terça a domingo das 10h às 18h. O ingresso custa R$ 10,00 (out/17), mas às quartas-feiras a entrada é franca. Estacione o carro na rua próxima ao Museu e faça sua visita com calma.

Saindo de lá siga pela orla passando pelas praias de Icaraí, São Francisco e Charitas. Todas são banhadas pela Baía de Guanabara e impróprias para banho, mas valem a foto pela bela paisagem. Nesta última está a estação das barcas de mesmo nome, cujo edifício também foi projetado por Niemeyer.

Continue em frente seguindo pela estrada que beira o litoral, a Avenida Carlos Ermelindo Martins que leva até a praia de Jurujuba. Ali está o restaurante Berbigão, uma ótima opção para almoço depois da visita à Fortaleza de Santa Cruz da Barra , o ponto alto do passeio.

Pegue a estrada General Eurico Gaspar Dutra e tenha cuidado, pois a partir de determinado ponto ela é mão única. Existe um sinal e uma cancela do Exército que indicam a entrada.

Ao final, você chega na Fortaleza que está aberta à visitação de terça a domingo entre 10h e 17h. Todo o percurso é guiado por um militar e acontece a cada 1h. O ingresso custa R$ 6,00 (out/17). Existe uma linha de ônibus que leva o turista até o local, mas é sempre bom se informar antes dos horários. Não recomendo o uso deles, melhor carro ou taxi.

Estrategicamente situada na entrada da Baía da Guanabara a fortificação é história pura. Começou com apenas dois canhões instalados por Nicolau Durand de Villegaignon durante o período de dominação francesa, a época da França Antártica, e hoje pertence ao Exército brasileiro.

O visitante poderá conhecer a Capela de Santa Bárbara, ver canhões dos séculos XVIII, XIX e XX, as masmorras, e tirar fotos diferentes com o Rio de Janeiro e a Baía da Guanabara ao fundo. Durante o passeio o guia explica em detalhes como foi realizada a construção da Fortaleza, conta curiosidades sobre ela e ao final você sai conhecendo um pouco mais da história do país.

Outra dica: muitas pessoas aproveitam para fazer a visita no último horário e ver o pôr do sol do mirante às 17h. Se for mais cedo para almoçar vá ao Berbigão, especializado em frutos do mar e com uma linda vista da Baía.

Na volta antes de pegar a Ponte para o Rio faça um desvio e vá até o Mercado de Peixe de São Pedro, na Av. Visconde do Rio Branco, Ponta da Areia, que funciona de terça a sábado até às 18h. Na parte de cima estão bons restaurantes, onde você pode experimentar algumas delícias do mar como lanche da tarde. Também funciona aos domingos até 12h.

Niterói não se conhece em apenas um dia, por isso, em outra ocasião, volte às terras de Araribóia de barca para conhecer os bairros a pé. O passeio vale a pena, mas isso é tema para outro post deste blog!
0 Responses

Postar um comentário