Muito além da Rua Tereza

Sempre que algum parente ou amigo vem ao Rio, eu recomendo uma visita rápida à cidade de Petrópolis, localizada na Região Serrana do estado. Foi lá que D. Pedro II, em 1800 e lá vai bolinha, decidiu construir sua casa de veraneio para fugir do calorão que fazia em São Cristóvão. Casa é modéstia minha, de fato um palácio lindo que hoje é o Museu Imperial.
Foto: Museu Imperial
Santos Dumont, o pai da aviação, também morou na cidade. E, muito tempo depois, Petrópolis ficaria famosa por abrigar o destino favorito das sacoleiras: a Rua Tereza. Com suas dezenas de lojas de moda masculina, feminina e infantil, a rua é o paraíso das compras - também frequentado de tempos em tempos por esta blogueira.
                     
Hoje, Petrópolis tem muito mais: pousadas de chame lindíssimas, um centro histórico bem preservado, restaurantes especializados em comida alemã e italiana (hummmm), festivais de inverno, feiras de artesanato, trilhas para quem gosta de ecoturismo entre outros atrativos. Então, que tal passar um dia em Petrópolis?! Vamos à sugestão de roteiro:

Programe-se para chegar à Petrópolis por volta das 9h (terça a sábado), quando as lojas da rua Tereza abrem. Suba por um lado da rua e desça pelo outro. Vá comprando à medida que se interessar. Não fique pesquisando, pois os preços não diferem muito, mas se for levar peças em quantidade há sempre aquela chorada por um desconto. Aproveite a época de liquidações no final das estações, quando é possível encontrar pechinchas como casacos de lã a R$ 30,00!

O almoço, por volta as 13h,  pode ser em um dos restaurantes a quilo que ficam na rua, como o Boca Nervosa. Todos são simples, mas a comida é honesta. Descanse um pouco, guarde as compras no carro (se for de ônibus sugiro levar mochila para colocar as compras), e parta para o Centro Histórico, que fica a uns 10 min a pé.

Você pode caminhar ou fazer o passeio em uma das charretes que ficam em frente ao Museu Imperial. Dê prioridade aos seguintes locais nessa ordem:
Foto: arquivo pessoal
O Museu Imperial (visita interna e jardins) foi construído com recursos particulares do imperador. Lá você verá mobiliário, jóias (inclusive a coroa de D. Pedro II), porcelanas e peças de arte.



                                    Foto: arquivo pessoal
O Palácio Amarelo (visita externa) é, uma construção do século XIX, onde hoje funciona a sede da Câmara Municipal de Petrópolis. O jardim, com o chafariz da águia instalado na praça em frente ao palácio, é local típico para belas fotos.


Foto: arquivo pessoal
A Catedral São Pedro de Alcântara é uma jóia. Construção em estilo neogótico francês do século XVIII, traz em seu interior obras esculpidas em mármore de Carrara.




                            Foto: arquivo pessoal
O Palácio de Cristal era o antigo local para exposições e festas. Hoje, dependendo a programação cultural, é possível assistir a apresentações de música clássica ou do Coral dos Canarinhos de Petrópolis.



  Foto: arquivo pessoal
 A Encantada é como foi carinhosamente apelidada a casa de Santos Dumont. Ele mesmo foi quem desenhou e planejou a construção da residência.




                                     Foto: arquivo pessoal
Preste atenção ao casario petropolitano muito bem conservado, e testemunha da época em que no Brasil havia imperadores, barões e escravos.



                                    
Se der termpo, assista ao espetáculo Luz e Som no Museu Imperial à noite e depois retorne ao Rio, ou estique sua estada se puder! Existem outras opções de roteiro para quem preferir só passear e não passar perto da Rua Tereza. E para quem tiver mais tempo, passar um fim de semana em Petrópolis é ótimo programa.

Como chegar?
Saindo do Rio, pegue o ônibus na Rodoviária Novo Rio. A Viação Única faz o transporte e os veículos saem de 15 em 15 minutos. Idosos podem até conseguir gratuidade se houver assentos disponíveis, basta perguntar ao atendente no guichê. A rodoviária de Petrópolis fica afastada do Centro, então é preciso pegar outro ônibus comum ou taxi até lá. Desça no ponto final que é justamente no início da Rua Tereza.

Caso prefira, pode-se alugar um carro já que a estrada é ótima (tem pedágio). No entanto, fica-se com a preocupação de estacionar, então a dica é deixar o automóvel em uma das garagens da Rua Tereza (paga-se a diária) e fazer o roteiro todo a pé mesmo.

O que comprar?
Na Rua Tereza você encontra roupas para todos os gostos e tamanhos. Compre os biscoitos amanteigados que qualquer padaria da cidade vende (na rodoviária também). Se estiver de carro, pare na Casa do Alemão e faça a festa levando embutidos e doces.

Onde ficar?
No caso de você querer domir na cidade, existem dezenas de opções: Albergue da Juventude e hotel do Sesc estão entre as mais baratas. Eu já fiquei no Casablanca bem ao lado do Museu Imperial, com preço bem razoável para a localização priviligiada. O atendimento é simpático, quartos ótimos, mas o melhor é o bistrô, com pratos deliciosos!

Quando ir?
No inverno é uma delícia, pois faz frio de Europa. Nos meses de junho e julho há o festival de inverno e a Bouerne No verão, faça como o imperador e vá se refrescar a Serra! Entre junho e junho acontecem o festival de inverno e a Bauernfest (com várias atividades ligadas à cultura Alemã).
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