Luxor: uma viagem no tempo

Luxor é o ponto de partida para uma viagem no tempo. Para ir até lá optei por um vôo de 45 minutos da Egyptair e chegando logo embarquei em um dos vários cruzeiros pelo Nilo. Os barcos são menores que os transatlânticos viatos nos mares brasileiros, mas são confortáveis hotéis flutuantes. Estima-se que mais de 300 deles façam o trajeto Luxor-Aswan-Luxor.

O Nilo com seus mais de 6.600 km de extensão, rasga o deserto e permitiu que há 5 mil anos uma civilização surgisse, se desenvolvesse e nos deixasse um legado cultural importantíssimo.

No Museu de Luxor, pude conhecer um pouco mais dessa história e saber que na época dos faraós a cidade chamava-se Tebas e por mil anos ela foi a capital do antigo Egito. No século XXI, Luxor é uma área rural com pouco mais que 250 mil habitantes.

A cidade possui inúmeros bazares, onde pechinchar é a principal regra. E um detalhe que me chamou atenção: nas ruas não há bueiros, porque não chove.

O pôr do sol em Luxor é um espetáculo e à noite o programa é assitir o show de luzes e som no templo de Karnak.

O templo está na margem onde o sol nasce e para os egípcios isso significava a boa localização para a cidade dos vivos. Karnak é um santuário dedicado ao deus Amon e possui vários templos, não sendo obra de um único faraó. São dezenas de salas, diferentes entradas e anexos, todos construídos ao longo de 800 anos, em uma área equivalente a 12 Maracanãs.

Sem dúvida, o mais impressionante é a sala com 134 colunas com 23m de altura por 15m de diâmetro cada uma. O topo lembra o formato da flor do papiro e para abraçar uma delas são necessárias pelo menos 10 pessoas.
Outra atração na cidade é o Templo de Luxor, que está a 3km de distância do Templo de Karnak. Ambos eram ligados por uma estrada que era ladeada por centenas de esfinges de pedra. Nas paredes do templo foram gravadas as árvores genealógicas de diversas dinastias, o que permitiu a reconstituição da história dos costumes, celebrações e religião do Egito antigo.

Do outro lado do Nilo, onde o sol se põe, encontra-se a necrópolis (cidade dos mortos) de Tebas, onde ficam os Vales dos reis e rainhas com tumbas e templos. A visita a esses locais começa cedo, principalmente no verão, devido ao calor e ao ar seco do deserto.

No Vale dos reis são mais de 60 tumbas já encontradas, mas muitas outras ainda estão escondidas pelas areias. A principal visita acontece na tumba de Ramsés VI, cujo teto e paredes ainda conservam a pintura, as cores e os desenhos feitos há mais de 3 mil anos!

Próximo ao Vale há dezenas de lojinhas (há sempre uma lojinha...) onde os artesãos trabalham com o alabastro, pedra encontrada na região e quando polída deixa o objeto com aparência translúcida.


Após a visita ao Vale, geralmente os guias levam os turistas para Dur El Bahrei, um conjunto arquitetônico de três templos dos quais só resta um: o de Hatshepsut, a única mulher a ter conquistado o título de faraó. Hat, para os íntimos, reinou por volta de 1500 AC e seu templo demorou 15 anos para ficar pronto. No local espanta a quantidade de estátuas com o rosto da rainha-faraó.



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