Explorando o Douro
20:12
A região do Douro, em
Portugal, considerada pela UNESCO Patrimônio Mundial da Humanidade,
deve ser conhecida por quem visita o país. Há várias formas de
explorar o Douro. Uma opção é ir de trem e parar nas principais
cidades que margeiam o rio. Quem escolher esse tipo de viagem tem só
o incoveniente de ficar carregando malas e depender de condução
local para se locomover.
A segunda forma, e eu
acho a mais indicada para quem tem mais tempo, é alugar um carro e
fazer todo o percurso à beira do rio, saindo do Porto e chegando à
Barca D´Alva, quase na divisa com a Espanha. Pode-se parar e ficar
hospedado em três ou quatro cidades. O trajeto pode ser feito no
sentido inverso já que a ordem dos fatores não alterará o produto:
uma viagem linda pela alma portuguesa.
E há ainda uma
terceira forma, mais indicada para quem não ficará muitos dias no
país: o cruzeiro de um dia. E este se mostrou uma ótima escolha. Eu
fui pela empresa Douro Azul, mas existem outras e vale uma pesquisa
de preços antes de decidir. Optei pelo trecho Porto-Régua-Porto,
que dá uma boa noção da vida nas margens desse rio tão famoso.
Chegue mais cedo para
apreciar os magníficos azulejos da Estação, que contam parte da
história de Portugal. Ao embarcar, precisa sentar-se do lado
direito, o que garantirá uma visão melhor do Douro na ida.
A viagem
Porto-Régua dura cerca de 2h e ao descer, se houver tempo, passeie
um pouco pelas ruas da cidade que surgiu durante a ocupação romana.
Há também um museu que conta a história da região e como ela se
tornou, graças ao Marquês de Pombal, a maior produtora de vinhos do
país.
Os barcos de cruzeiro
são extremamente confortáveis, e a tripulação atenciosa. O guia explica ao longo do percurso detalhes
sobre as cidades que vemos às margens do Douro. A paisagem é
fantástica com o rio serpenteando as montanhas verdes de vinhedos,
eucaliptos e oliveiras. Daí conhecermos a alma portuguesa: vinho e
azeite!
Interessante observar
as pequenas vilas com suas casas simples, as mansões de algumas
quintas, os moradores pescando sobre as pedras, e o rio calmo que é
a fonte de riqueza de toda essa região.
E as passagens por duas
eclusas – Carrapatelo e Crestuma Lever – mostra magníficas obras
de engenharia. Na primeira delas, vencemos um desnível de 34 metros
e na segunda a diferença de 14 metros. O fechamento das comportas, bombeamento da água e abertura das comportas dura no máximo 20 min.
O almoço é de lamber
os beiços: a tradicional broa com manteiga de entrada, um bacalhau
espiritual com salada divino, e uma canjica com canela que só faltou
o leite de coco para ficar perfeita. Tudo regado aos vinhos branco e
tinto produzidos na região. E se exagerar na bebida não se
preocupe, você poderá tirar um cochilo nas confortáveis poltronas
da embarcação.
O cruzeiro termina, por
volta das 18h em Vila Nova de Gaia, cidade separada do Porto pelo
Douro, assim como Rio e Niterói, no Brasil são separadas pela Baía
da Guanabara. Aproveite para tirar as fotos das pontes que ligam
ambas as cidades, uma panorâmica do cais de Gaia e outra das casas
da Ribeira, no Porto. Uma bela recordação de uma viagem tão
deliciosa quanto os vinhos portugueses!
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