Confraria da Ostra


Eu adoro frutos do mar, mas as ostras entraram no meu cardápio somente há cerca de três anos. Considero que foi o mesmo processo da comida japonesa.

De tanto insistir você acaba gostando, amando, e aí está perdido, pois não pode ficar sem comer por muito tempo.

No Nordeste há bons lugares onde se encontram ostras de bom tamanho e qualidade, no Rio Grande do Norte, por exemplo.

Recentemente, descobri um criatório em Alagoas, mais precisamente no município de Barra de São Miguel, cerca de 40 min de carro da capital. É uma ótima opção para o turista que visita o local.

Para chegar lá pegue a AL101 Sul em direção à Barra, quando avistar a entrada da cidade siga em frente na direção da Praia do Gunga. Ao descer uma ladeira, antes da ponte da Lagoa do Roteiro, você verá uma placa bem pequena (atenção é pequena mesmo), indicando o Manguezal da Palatéia. Entre à direita e siga a estrada de terra por cerca de 1,5km.

Você vai chegar em uma comunidade de pescadores bem simples que fica às margens do mangue. Há duas opções, encomendar as ostras para uma das pessoas do criatório, ou fazer o passeio (R$10,00 por pessoa) e escolhe-las você mesmo.

Eu optei por ver o criatório é claro! José foi meu guia (82-99365222), ele sempre leva turistas pela lagoa e também vende as ostras pelas praias de Barra de São Miguel.

Embarque em uma canoa que não leva mais que quatro pessoas e ele vai remando até as "mesas", construídas com arame e canos de PVC.

No caminho admire a linda paisagem da Lagoa do Roteiro, o manguezal, os filhotes de caranguejos, os pássaros e toda a natureza que rodeia. Veja também como são precárias as condições de vida da população ao redor e como incentivos públicos e privados poderiam melhorar essa situação.

José explica como é  a criação das ostras, como o aquecimento das águas está prejudicando a cultura desse molusco (ele cresce mais nas águas frias), e informa as dificuldades de financiamento para tocar seu pequeno negócio. Depois de conhecer esses detalhes, você nunca mais pechinchará o valor das ostras com um vendedor.

Combine com ele a quantidade das ostras que irá consumir. José colhe e coloca no barco para você degustar depois.

Há a opção de levar para casa ou ele abrir ali perto na vendinha da vila. Como sugestão, vale levar um isopor com gelo para colocar e elas ficarem mais saborosas quando você for abrir depois, na praia quem sabe.

Levar o azeite, sal e limão também é uma boa, pois a vendinha é bem precária e só serve refrigerantes e a cerveja para quem quiser.

O tamanho de algumas ostras impressiona e são extremamente saborosas. O preço varia de acordo com o tamanho e quantidade, mas acaba sendo mais barato do que comprar na praia.

O pagamento é sempre em dinheiro, por isso já vá preparado. Na volta do criatório aproveite para visitar o mirante do Gunga ou o Praêro, que já foram assunto de outros posts aqui deste humilde blog :-)
0 Responses

Postar um comentário