A
região central de Portugal reserva inúmeras atrações para os
turistas. Entre elas uma cidade que nem sempre está nos roteiros
tradicionais.
Trata-se de Belmonte, onde
nasceu Pedro Álvares Cabral. Com poucos pontos a serem visitados,
você pode apenas fazer um bate e volta a partir de alguma outra
cidade próxima da Serra da Estrela como Guarda ou Couvilhã, por
exemplo.
Passar
um dia em Belmonte vale a pena pela aula de história que você irá
receber, além de ver as belas paisagens do vale do rio Zêzere.
O
primeiro ponto a ser visitado é o Castelo que pertenceu à família
de Cabral, onde ainda é possível ver o brasão com a
representação de duas Cabras.
Pedro nasceu em 1467, e em 1500
aportou no Brasil. Você
percorre o local, tira suas fotos e aprecia a bela vista da cidade em
cerca de uma hora de visita.
Bem ao
lado do Castelo, está a igreja em estilo romano-gótico dedicada a
São Tiago. Ao lado da construção, que é bem simples, está o
panteão dos Cabrais, mas as cinzas de Pedro Álvares não ficam lá.
O templo é passagem de peregrinos que seguem a rota portuguesa para
a cidade de Compostela, na Espanha.
Caso a
fome aperte, pode almoçar ou fazer um lanche no restaurante Casa do Castelo, localizado bem em frente à
igreja e ao Castelo. O local era um antigo lagar (onde se produzia
azeite e vinho) e suas paredes de pedra conferem um ar rústico e
pitoresco.
Eles possuem um menu do dia que é mais em conta e traz
delícias como o bacalhau com natas.
Em
Belmonte o turista conhece também um pouco mais sobre a história da
resistência dos judeus à intolerância religiosa.
Quando houve a
expulsão dos árabes pelos Reis católicos da Espanha, Fernando e
Isabel, Portugal também adotou a lei que obrigava os judeus a se
converterem. Muitos deixaram o país com medo da Inquisição, outros
fizeram uma conversão fake, como diríamos nos dias de hoje.
No
entanto, um grupo se isolou em Belmonte, mantendo as tradições e
ficaram conhecidos como Marranos. Por isso, vale a visita ao Museu Judaico da cidade
para ver como era o dia a dia dos judeus naquela época de
intolerância religiosa.
O
último ponto do roteiro por Belmonte é o Museu dos Descobrimentos,
localizado na principal rua da cidade.
Muito bem organizado, moderno
e cheio de instalações interativas ele é um olhar dos portugueses
sobre o período dos descobrimentos. Está instalado no Solar do
Cabrais, que pertencia à família de Pedro Álvares.
Destaque
para a réplica do interior de uma nau em que é possível acessar, em
dispositivos multimída, informações sobre a vida nas embarcações
que cruzaram o Atlântico como alimentação, doenças, higiene e
instrumentos de navegação.
O
Brasil tem destaque na exposição com mostras das riquezas naturais
e culturais encontradas aqui pelos portugueses em 1500. A diversão é
garantida também para quem vai com crianças, pois algumas áreas
são destinadas a jogos interativos.
Caso
você queira ficar mais de um dia na cidade para aproveitar outros
passeios como conhecer a flora e fauna no vale do Zêzere, sugiro o
hotel Altitude que fica na mesma rua do museu.
Com instalações modernas, um café da manhã
delicioso e farto é uma boa opção. Só não
conta com estacionamento, mas como a rua é calma pode-se deixar o
carro tranquilamente na calçada.
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