Após passar em Comporta e Vila Nova de Milfontes,
chegou a hora de conhecer Odeceixe,
mais uma praia da Costa Vicentina.
A estrada que leva ao local traz curvas sinuosas
que revelam um povoado incrustado no alto a 3,5km do mar.
Para quem curte as ondas, Odeceixe é o lugar
ideal. A praia tem uma pequena vilazinha, bucólica, até um pouco hippie,
formada por poucas ruas e muitas casas que viraram albergues e pousadas alternativas.
A paisagem mostra a natureza mais selvagem e a
praia de ondas fontes indica que ali é a parada obrigatória dos surfistas. O
banho de mar muitas vezes é proibido devido à força da correnteza, então você
fica com a opção do rio Seixe que está ali ao lado e oferece águas calmas,
principalmente para quem viaja com crianças.
É possível descer de caiaque os 3,5 km da vila
até a praia pelo rio. Um passeio diferente para quem curte a natureza. O Seixe
é a divisa natural entre as regiões do Alentejo e Algarve. Se você não é
surfista eu recomendo uma rápida visita à vila e à praia. Na maré baixa você
pode ir andando até praia das Adegas, reservada para naturistas, e seguir em
frente até Sagres, o ponto mais ocidental da Europa continental.
Sagres
Cerca de 50km separam Odeceixe de Sagres, ou 1h
de carro pelas excelentes estradas portuguesas. Se a fome apertar minha
sugestão é ir direto para a Adegados Arcos, um restaurante local bem simples, mas que serve peixes fresquíssimos. A
sardinha na brasa é uma das especialidades, e uma porção com 10 a 12 delas sai
por 10 euros.
Para fazer a digestão, nada como visitar algumas
atrações da cidade. O Cabo de São
Vicente deve ser a primeira parada, não só por abrigar o farol e um museu
dentro da Fortaleza de São Vicente, mas principalmente pela paisagem dramática
que oferece aos turistas.
As rochas sendo açoitadas pelo mar bravo, o vento
que é forte e constante, o azul do céu, o branco das espumas do Mar
Mediterrâneo... É difícil esquecer o que se vê por lá. Não é à toa que o lugar era
considerado o fim do mundo (na época dos terraplanistas), e o “promontório
sagrado” de Saturno, um dos deuses adorados pelos romanos.
Conta a lenda que o infante D. Henrique teria
estabelecido, próximo dali, a sua escola de navegação (Escola de Sagres) no
século XV, mas as pesquisas mais modernas não confirmam essa história. O nome
do Cabo vem do padre espanhol martirizado no início do século IV. Segundo outra
lenda, seus restos mortais teriam sido trazidos para o local.
O Cabo de São Vicente faz parte do Parque
Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e muitos visitantes
chegam ao local após percorrer a pé a Costa Vicentina (350km de caminhada).
Em cerca de 1h você percorre a fortaleza, vê o farol, visita o museu com informações sobre a construção, mapas cartográficos e peças como maquetes de naus da época dos descobrimentos e vai na lojinha comprar um souvenir.
Em cerca de 1h você percorre a fortaleza, vê o farol, visita o museu com informações sobre a construção, mapas cartográficos e peças como maquetes de naus da época dos descobrimentos e vai na lojinha comprar um souvenir.
Pertinho há outro forte, o Beliche, que só tem os
muros e uma bela paisagem com vistas para praias que surgem entre as rochas.
A segunda parada deve ser a Fortaleza de Sagres, bem maior e onde você ficará por no mínimo
umas 2h.
Por módicos 3 euros por pessoa, você conhece um complexo militar imenso que está ali desde o século XV e que foi parcialmente destruído pelo terremoto no século XVIII. Tente percorrer todas as muralhas, ver os canhões, visitar a igreja N. S. da Graça, e passear pelas trilhas sinalizadas. A paisagem do mar com as rochas mais uma vez impressiona.
Por módicos 3 euros por pessoa, você conhece um complexo militar imenso que está ali desde o século XV e que foi parcialmente destruído pelo terremoto no século XVIII. Tente percorrer todas as muralhas, ver os canhões, visitar a igreja N. S. da Graça, e passear pelas trilhas sinalizadas. A paisagem do mar com as rochas mais uma vez impressiona.
Para encerrar o dia, que tal ver o pôr do sol na
praia de Mareta? A super dica é o restaurante Chiringuito que tem na parte externa quiosques com
uma vista deslumbrante. O atendimento e a música ambiente são excelentes e as
opções gastronômicas deliciosas. O prato de queijos com geleias brincam com a
dualidade do doce e salgado, e os camarões... ai chega de água na boca!
Em Sagres eu recomendo ficar pelo menos dois
dias, para que o turista tenha tempo de visitar os pontos principais e
aproveitar as praias. Para pernoitar a dica é o Hotel Don Tenório, que tem quartos enormes,
piscina e uma pequena cozinha americana, muito bom para quem viaja em família.
Não visitei todas as praias, porque o ideal é
escolher uma ou duas e aproveitar o dia. Então coloco as três em que estive com
o pé na areia e minhas impressões:
Tonel –
bem pequena e cheia de surfistas. Fica próxima à Fortaleza de Sagres. O
estacionamento é em uma ladeira íngreme e por isso em alta temporada deve ser
difícil chegar lá após determinado horário. As rochas são o mais impressionante
do local.
Baleeira
– localizada perto do porto, onde saem os passeios de barco para ver golfinhos
ou praticar a pesca.
Martinhal
– Com águas calmíssimas, geladíssimas e de uma coloração espetacular é onde eu
recomendo passar o dia. O restaurante bar Martinhal é um belo ponto de apoio, que cobra entre
10 e 15 euros pelas cadeiras com guarda sol. Para chegar na praia você passa
por ruas com belíssimas mansões, o que torna o local ainda mais seleto.
A partir de Sagres continuamos a jornada pelo litoral
sul português, mas essas dicas ficam para o próximo post!
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