O Homem da Meia-Noite
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Para quem curte o Carnaval e estará
em Pernambuco nessa época, uma bela dica de passeio é conhecer o
Museu do Homem da Meia Noite, a figura folclórica que é um dos
símbolos da folia em Olinda. O personagem surgiu nos anos 1930, e
existem duas versões para sua criação.
A primeira conta que foi inspirado
em um filme chamado “O Ladrão da Meia Noite”. A segunda, e mais
picante, diz que ele existiu mesmo. Era uma espécie de Don Juan, que
andava à noite pelas ruas da cidade, visitando casas para namorar as
donzelas.
O fato é que todos os anos a
expectativa é sempre grande para ver a saída do boneco gigante do
Homem da Meia-Noite, na terça-feira de Zé Pereira.
E centenas de pessoas se espremem em frente a sede para ver a saída do boneco que tem um sorriso com um dente de ouro, traz sempre um fraque verde ou branco e uma cartola. Carrega no braço um relógio marcando o horário da meia-noite, e chega a pesar quase 50 quilos, com 3,50m de altura.
E centenas de pessoas se espremem em frente a sede para ver a saída do boneco que tem um sorriso com um dente de ouro, traz sempre um fraque verde ou branco e uma cartola. Carrega no braço um relógio marcando o horário da meia-noite, e chega a pesar quase 50 quilos, com 3,50m de altura.
Durante quase 60 anos, o Homem da
Meia-Noite foi carregado pela mesma pessoa, o bonequeiro Cidinho, que
suportava o peso e o calor no interior da roupa de gigante, na qual a
temperatura pode passar dos 40°C no verão brasileiro.
Nos três andares do museu, o
visitante encontra as imagens dos fundadores do bloco, dos
presidentes que passaram pela agremiação, faz selfies com o boneco
e vê estandartes e as roupas usadas nos últimos carnavais. Há
também troféus recebidos pela agremiação e muitos objetos ligados
à história do boneco.
Eu dei sorte, e no dia da minha
visita conversei com Luiz Adolpho, o presidente da agremiação, que
falou sobre a história do bloco com muita simpatia, e aquele brilho
nos olhos de orgulho por manter viva a tradição carnavalesca da
cidade.
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