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No meu segundo dia em Punta fui explorar o outro lado, ou seja, a Praia Brava banhada pelo oceano Atlântico. É lá que se encontra o monumento
Los Dedos, a famosa escultura do artista plástico chileno Mario Irrazábal, que transformou-se em um dos símbolos da cidade. Se já é difícil tirar fotos na primavera, imagine no verão com todos os turistas do mundo no local, mas tenha paciência porque vale a pena.
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Continue o passeio pela orla seguindo em direção a praia El Emir, onde entre as pedras há um pequeno altar com a imagem de Nossa Senhora da Candelária. Siga em frente pela Av. General Artigas (ela circunda Punta) até chegar na praia dos Ingleses.
Ao final dela está a pequena praça Gran Bretanha, que marca o local exato do encontro do rio da Prata com o oceano Atlântico. Nessa área se você tiver sorte poderá ver, entre os meses de julho e novembro, as baleias que aparecem perto da costa.
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Entre na rua 2 de fevereiro para conhecer o centro histórico da cidade. Destaque para a Igreja da Candelária e o farol de 1860, com 45m de altura. Há também o distrito de arte urbana que reúne uma série de murais pintados em fachadas de edifícios.
Depois dessa longa caminhada, minha dica para almoço é a
Cantina Club de Pesca na Playa Mansa. Especializada em frutos do mar, tem vista para o rio e os pratos que combinam massa e lulas são deliciosos ($490,00 out/17).
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É bom informar ao amigo viajante que Punta não é um destino barato, mesmo na baixa temporada é difícil almoçar por menos de R$ 50,00 por pessoa. Por isso, é bom ir preparado. E muitos restaurantes fecham e só reabrem no verão.
Na parte da tarde, minha dica é fazer um
city tour por alguma agência da cidade, se você não está de carro. Eles levam aos pontos mais distantes. Eu, por exemplo, visitei La Barra e Punta Balena, que estão em lados opostos do mapa.
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Em La Barra, uma antiga cidade de pescadores, você vê mais casas e menos edifícios. Para quem vai no verão há muitas praias para conhecer como Montoya, Manantiales, Bikini, Punta Piedras e El Chorro. Para chegar lá. é preciso atravessar a Ponte Leonel Vieira sobre o rio Maldonado. Ela tem o formato de um M e virou atração local. Muitas pessoas ficam pescando na beira do rio, o que confere um ar bucólico ao local.
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Uma curiosidade: na estrada há uma loja de souvenires chamada
Canoa Quebrada. O dono morou uma época no Brasil e visitou a famosa praia cearense. Quando voltou ao Uruguai batizou seu negócio com esse nome. Lá dentro há o Museu da Maconha.
Isso mesmo, como a erva é liberada para consumo no país lá dentro você vê um conjunto de peças como recortes de jornais, cachimbos, discos, tudo com alguma referência à maconha. De tão tosco o museu acaba sendo diferente para o turista. E lá você pode comprar aquelas lembrancinhas bem baratinhas para os amigos e parentes.
Na volta tente passar pelo bairro Bervelly Hills. Você verá dezenas de mansões, inclusive algumas de brasileiros, belíssimas. E com uma paisagem diferente, pois parece que você está no campo com muito verde, jardins e árvores frondosas.
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Após esse dia bem cheio de atrações a dica é provar uma parrilhada no restaurante
La Cava. Bem próximo do Conrad ele é uma ótima opção para jantar e conhecer esse prato típico.
A Parrilla é um conjunto de grelhas móveis criadas pelos
hermanos argentinos e uruguaios para assar carnes. A diferença para as nossas churrasqueiras brasileiras está no uso apenas das brasas incandescentes, e assim a carne não fica com um gosto de defumado típico da fumaça do carvão.
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Nessas grelhas eles assam tudo: carnes, peixes, frango, suínos, pimentões, batata e o que mais vier. Agora cuidado, porque isso inclui tripas, fígado e outros miúdos bovinos o que pode não agradar a todos os paladares.
Então o ideal é pedir pequenas porções para provar. Que tal um vinho uruguaio para acompanhar?! Eu recomendo os da vinícola H. Stagnary, que de tão bons foram alvo de outro
post exclusivo neste blog.
E Punta Ballena? Bem, essa parte do passeio eu conto em outro momento para você!
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