A vida em Montevidéu parece ser muito pacata, pelo menos é a impressão que o turista tem da cidade. Nos finais de semana, um belo programa são os parques e as feiras.

A mais famosa, Tristán Navarra, acontece aos domingos, na rua de mesmo nome. Na verdade ela se estende por outras ruas perpendiculares e paralelas, entre os bairros de Cordon e Aguada. Minha dica é descer no início da rua bem em frente à Biblioteca Nacional e começar a explorar o local.

Muito cuidado com as bolsas, porque os batedores de carteiras costumam atuar por lá. Você encontra dezenas de barracas que vendem antiguidades, quinquilharias mil, livros, roupas, verduras e legumes, artigos de higiene pessoal, enfim de um tudo, como dizemos no Nordeste brasileiro.

Eu particularmente achei interessante como uma mostra da sociedade local, mas para comprar um presente ou uma lembrança local não é o ideal. À medida que a manhã vai passando, as ruas vão ficando mais cheias e caminhar fica difícil.

Em meio à algazarra encontrei um artista de fato: o senhor Ramon (iguana.ramon@hotmail.com) que faz esculturas com talheres antigos retratando costumes uruguaios. O tocador de candombe foi o que me chamou a atenção, por ser uma figura típica do Carnaval do país. A barraca fica em frente ao número 1661 da Tristan.

Saindo da feira a sugestão é fazer uma caminhada de 30min até o Parque Rodó, uma das inúmeras áreas verdes da cidade, e localizado no bairro de mesmo nome. Com quadras de tênis, futebol, pedalinhos, lagos e até um castelinho o local é muito frequentado pelos moradores da cidade.

Os jardins são lindos e as crianças se divertem porque há brinquedos como roda gigante e trem fantasma. Bem próximo está o Museu de Artes Visuais, mas confira antes os horários de funcionamento.

No Rodó você encontra mais uma feira dominical. Esta é mais sofisticada que a de Tristan Navarra.

São artigos em couro como bolsas e casacos, roupas de inverno e objetos para decoração como quadros e luminárias. Tudo de muito bom gosto e que pode render ótimos presentes para os parentes que ficaram no Brasil. Ah, e o parque tem esse nome em homenagem a José Enrique Rodó, um importante escritor uruguaio. Há, inclusive, um monumento na parte mais alta do parque em sua memória.

Para almoço você pode escolher alguns dos restaurantes próximos ao parque ou seguir para Punta Carretas e experimentar o Crêpas.

Especializado em crepes, saladas e sucos naturais, achei uma ótima opção para quem quer algo mais rápido e nutritivo.

Prove os crepes de provolone e roquefort se gosta de queijos. São muitas opções cada uma por cerca de R$ 30,00 (out/17). Eles também têm sopas, ideal para os dias mais frios, além de vinhos e cervejas. Para a sobremesa prove os crepes doces e encerre com um chá, café ou chocolate quente!

Vá fazer a digestão andando no Shopping Punta Carretas que fica pertinho do restaurante. Caso seja seu último dia de viagem aproveite e vá no supermercado que tem entrada pelo shopping e compre as salsichas parrilleras, queijos e mais alfajores e doce de leite. Garanto que você vai lembrar de sua viagem quando estiver saboreando essas delícias no Brasil!

Por fim, faça um lanche no Brys na praça de alimentação. Prove as quesadillas que são as tradicionais tortilhas de milho com recheios diversos.

Conhecer um país não é só visitar lugares, mas também provar as bebidas e as comidas típicas. É isso que enriquece a experiência de viajar!